Como treinar um filhote e um cão adulto

Como treinar um filhote e um cão adulto – Parte 1. Link para a parte 2 no final.

Este assunto dividiremos em dois posts.

Diferenças no treinamento – Cada cão, uma avaliação


As diferenças no treinamento se referem ao tipo de comportamento que aquele cão manifesta. Ou seja, é preciso fazer uma avaliação para entender melhor quais são as evidências passíveis de serem coletadas.
Justamente por isso, esse é o primeiro passo quando pensamos em adestramento: a compreensão do animal em sua totalidade.


Veja, é muito simples dizer que um cão é agressivo ou simplesmente que ele não se comporta sem analisar as demais coisas que acontecem no ambiente, como a falta de uma rotina, de horários e de formas de gastar energia.


Por exemplo, a maioria dos famosos “cães destruidores” são aqueles que não tem hora certa para comer, brincar ou passear. O que causa um pico de energia e estresse.


Ao mesmo tempo, é preciso observar se existem alguns medos ou traumas, mais comum em cães mais velhos, que já tiveram outros donos.


Um exemplo, uma tutora recentemente adotou um cachorro de rua, sem raça definida, já castrado, que tem por volta de 4 anos. Sendo assim, são quatro anos de uma história desconhecida.


O cão é amigável com outros pets, não come de forma exagerada, aceita carinho e, de maneira geral, é supertranquilo. Entretanto, isso mudou no instante em que a nova dona precisou segurar o cão, o que gerou uma reação aguda onde o pet tremia, chorava e tentava se desvencilhar a todo custo.


Provavelmente, isso aconteceu porque, em algum momento, ele associou esse ato de segurar a algo ruim, seja por apanhar, vacinas, ter sido castrado, medicamentos, etc.

Como se dá o treino?

O treino desse cão será completamente diferente do adestramento de um cão agressivo com outros cães que protegem a comida, não permitindo que ninguém se aproxime. Já que são contextos diferentes.


Então, comece com um resumo simples da vida do cão e anote os comportamentos que gostaria de mudar, o contexto desses comportamentos (quando eles ocorrem), observem os sinais antes e após a reação do cão e assim por diante. Tudo isso vai lhe ajudar a seguir os próximos passos.

A sua ação e fala devem ser condizentes em todo o processo


Um dos principais erros que os tutores cometem ao iniciar o processo de adestramento, seja como treinar filhote ou um cão adulto, é falar uma coisa e agir de maneira contrária, algo que pode ser feito involuntariamente.


Neste aspecto, tudo começa de forma gradual, para que o cão consiga entender o que você está dizendo e para que as coisas façam sentido, criando um tipo de linha de pensamento.


Por exemplo, suponha que o seu objetivo principal seja ensinar o cão a “sentar e esperar”, ideal para evitar fugas, ataques de outros animais, para receber encomendas ou pessoas em casa, etc.
Assim, o treino começa com o ensino de sentar, antes de progredir.


Portanto, dê o comando e o recompense quando ele o fizer, até que ele se sente rapidamente, logo após o seu pedido.


Quando chegar neste ponto, você vai dizer “senta – fica”, seguindo o mesmo esquema de recompensa. Inicialmente, ele ficará pouco tempo, mas isso é aumentado com o treino. Assim que o cão sentar e ficar, introduza o comando para sair dessa posição, só o recompensando quando ele sair apenas no comando, que pode ser um clique ou uma palavra.


Só depois disso que você começará a ensinar o seu pet a ficar sentado e esperando, afastando-se lentamente dele.


Mas, se você mudar a sua ação no meio do processo, pode acabar perdendo todo o treino. Portanto, estude, tenha paciência e constância.

Saiba a diferença de treinar filhotes e um cão adulto


Na prática, como treinar filhotes e um cão adulto, segundo pesquisas e especialistas, não existe uma diferença substancial no treinamento quando pensamos na questão orgânica.


Isso porque, o cão consegue aprender algo em qualquer momento da vida, basta o tutor ter empenho para que isso ocorra de forma saudável.


Por outro lado, um diferencial está nas interações anteriores do pet, naquilo que ele já aprendeu em algum momento da vida.


Em suma, os filhotes são mais susceptíveis a aprenderem rapidamente porque ainda não possuem vícios ou comandos anteriores, fazendo com que tudo o que você está mostrando seja algo novo e interessante, que desperta a curiosidade do pet.


Já os cães adultos têm alguma história para contar e, do nascimento até a idade que possuem, aprenderam uma série de coisas, mesmo que de forma indireta, sem que alguém estivesse querendo ensinar aquilo. Então, é preciso considerar esse contexto.


Nos dois casos, a minha dica é sempre definir muito bem os locais e a rotina, seguindo-as desde o primeiro dia e alterando conforme necessário.


Assim, defina quais serão os horários das refeições, passeios, brincadeiras e treino, quais locais da casa o cão poderá acessar ou não (preferencialmente fechando portas), mantenha objetos importantes sempre bem protegidos, como fiações e sapatos.


Tudo isso ajudará no ensino, para que o pet se familiarize com os itens e consiga criar a própria rotina.
Ficar mudando coisas de lugar, como comedouros e local para fazer xixi, só trará problemas e frustrações, inclusive para o cão.

Lembre-se que para os cães não existe essa de “aqui pode fazer xixi e ali não”, por o cheiro ser algo natural, instintivo e garante a preservação do território. Por isso, o ideal é direcionar o local, desenvolvendo esse aprendizado.

Continue na parte 2.

Entenda o adestramento por reforço positivo.

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