A verdade sobre o temperamento dos pinschers: será que eles são tão bravos assim?

Entender o temperamento dos pinschers é compreender mais sobre a origem desses cães e como eles se desenvolveram ao longo dos anos. Inclusive, é indispensável considerar outros aspectos, como o ambiente onde o pet vive.

Provavelmente, você viu uma série de vídeos nas redes sociais em que donos de pets são mordidos por esses pequenos. Além disso, existem brincadeiras em que páginas de veterinários afirmam ser mais fácil cuidar de alguns de porte grande que esses cães.

Isso tudo levante uma série de dúvidas e, aqui, vamos falar mais sobre isso!

A origem desses cães

Primeiramente, os pinschers têm como país de origem a Alemanha, onde são chamados por outro nome, que significa “anão mordedor”. E isso já traz algumas evidências sobre o temperamento.

O cão nasceu a partir do “ratte alemão” e do cruzamento de alguns terriers. A raça dos pinschers é tão antiga que data da era pré-histórica.

Entretanto, é difícil afirmar isso.

Alguns historiadores afirmam que, ao estudar os antepassados desses cães, é possível chegar ao pequeno Greyhund Italiano e aos famosos “salsichinhas”.

Vale lembrar que encontramos diferentes tamanhos de pinschers no mercado, desde os bem pequenos até aqueles mais altos/cumpridos. 

Outra questão relacionada a origem está no uso desse animal.

Antigamente, os cães tinham funções bastante específicas, aqueles que deram origem aos pitbulls, por exemplo, eram os cães-babás.

Dessa forma, antes da Primeira Guerra, os pinschers eram usados como cães de caça, principalmente nas casas em fazendas. Devido ao tamanho e mobilidade, conseguiam caçar facilmente roedores.

Isso somado a energia do cão, as casas se tornavam mais limpas.

Simultaneamente, foram cães amplamente usados como “alarmes”, já que tinham uma reação rápida, latiam alto (e bastante). Logo, facilitavam o processo de atenção de caçadores ou pessoas em geral.

Importante

A variação dos pinschers em relação a cor, tamanho e peso se deve as raízes mistas desses cães.

A verdade sobre o temperamento dos pinschers

Considerando o uso desses cães, temos uma base do temperamento: são cães que latem alto, atentos e prestativos, bem como repletos de energia.

Aqui é importante lembrar que a carga genética tem um impulso no comportamento. Fazendo alguns cães serem mais tranquilos que outros, dóceis e assim por diante.

O que podemos observar nesses cães é que os pinschers tendem a se ligarem a um ser humano, aquele “favorito”. Quando isso acontece, focam em proteger esse humano.

Justamente por isso, é comum que os pinschers sejam agressivos com desconhecidos ou quaisquer um que represente um risco. Mas isso também acontece com outras raças.

Entretanto, há um problema aqui: cães pequenos tendem a ser vistos como inofensivos, tranquilos, amorosos e mais sensíveis. Não à toa, os tutores acabam não gastando tanto energia do pet ou até brincam e não ligam com pequenas mordidas, por o “estrago ser menor”.

A longo prazo, isso se torna um problema e o pet acaba irritadiço. Isso fica evidente no temperamento dos pinschers que são provocados.

Sendo assim, alia-se o instinto superprotetor e aquele antigo desejo de caça a um ambiente que não favorece o gasto energético necessário.

Acredite, eles são destemidos e mostram que tamanho é só um fator, podendo machucar sim.

Como evitar esses problemas?

Conhecendo o temperamento dos pinschers, as regras são:

• Tenha uma rotina funcional para o pet;
• Faça passeios e brincadeiras para gasto de energia;
• Não irrite o pet e não deixe outros fazerem isso;
• Crie vínculos, mas ensine o cão a ficar sozinho (e bem).

Além disso, evite situações estressantes e, se necessário, faça um processo de dessensibilizarão. Isso vale, principalmente, para cães adultos.

Lembre-se que todos os pets precisam de uma rotina saudável, de espaço e meios para gastar energia, bem como de respeito quanto aos próprios limites.